
A índia Catharina Paraguaçu, que viveu no século XVI, representa no monumento ao Dois de Julho, a participação ativa dos caboclos nas lutas pela independência.
Trabalho de história, sobre a Independência da Bahia.
As comemorações do 2 de julho, em Salvador, ocorre com grande participação popular. Os desfiles, de longo percurso, saem da Lapinha e terminam no Campo Grande.
No dia 8 de maio de 2013, o dia 2 de julho, data da Independência da Bahia, foi indicado pelo Plenário do Senado como data histórica no calendário do Brasil.
Com a aprovação, o Senado considerou que a ação foi um precursor da independência nacional, que ocorreu em 7 de setembro de 1822.
Porém o projeto de lei não prevê que o 2 de julho vire feriado nacional, o objetivo é o reconhecimento nacional da importância da data histórica.
Madeira de Melo foi um militar português que se notou por comandar o cargo de Governador das Armas, nas tropas portuguesas sediadas em Salvador nos combates da Guerra da Independência do Brasil até a sua capitulação em 2 de julho de 1823, quando se retiraram para Portugal.
No início de 1823, o Príncipe-regente D. Pedro nomeou Pedro Labatut para comandar as tropas leais ao Brasil, então iniciou-se assim um cerco a Salvador, onde estavam concentrados os comerciantes e os militantes portugueses. Por conta disso a cidade ficou incomunicável, sem receber alimentos e munições, por conta disto Madeira de Melo solicitou a Portugal auxilio.Numa tentativa de romper o bloqueio, Madeira de Melo assumiu a ofensiva na batalha de Pirajá, que foi favorável aos brasileiros, obrigando as tropas de Madeira de Melo a recuar para Salvador.A situação da capital cercada deteriorou-se rapidamente, sem alimentos as doenças começaram a disseminar-se entre a população. Por conta disso Madeira de Melo permitiu a saída dos moradores de Salvador, tendo cerca de 10 mil pessoas abandonando a cidade. No final do mês de maio, uma frota brasileira sob o comando do inglês Thomas Cochrane bloqueia Salvador. Tendo em vista que a resistência viria a ser inútil as tropas portuguesas rendem-se, deixando a cidade, em 2 de julho as forças brasileiras entraram vitoriosas em Salvador.
General Pedro Labatut era um veterano na campanha napoleônica e experiente comandante revolucionário nas guerras da America Espanhola, foi contratado pelo governo de D. Pedro I para liderar e organizar o Exército Pacificador. Para pôr fim nos conflitos entre brasileiros e portugueses por conta da luta pela independência na Bahia, Labatut ficou incumbido de organizar os grupos armados dispersos, até então sob controle dos civis, em um exército forte, disciplinado e acima de tudo leal à D. Pedro I.Labatut entregou o ultimato ao brigadeiro Madeira de Melo, para deixar a província da Bahia. Objetivando a vitória das batalhas foram empenhados todos os esforços possíveis. As promessas de recompensa de variados tipos serviram para atrair mais pessoas a participarem da guerra.Portugal obteve êxito na famosa batalhas de Pirajá, em 8 de novembro de 1822, porém apesar do êxito as atitudes do general provocavam descontentamento entre os brasileiros, onde ele se considerava autoridade única da Bahia, pelo fato de ter sido nomeado imperador, além disso solicitou que os senhores de engenho libertasse parte de seus escravos para integrar o exército libertador.Apesar da glória do seu exército Labatut foi afastado em virtude de ignorar e desrespeitar as hierarquias sociais e raciais da sociedade escravista. Deposto e preso por cometer violências contra senhores de engenho, apropriar-se do tesouro em prata do engenho Passagem, pertencente a portugueses e fuzilar quilombolas nos arredores de Salvador.Pedro Labatut faleceu na Bahia no dia 24 de setembro de 1849, como marechal de campo do exército brasileiro. Recebeu a medalha de guerra da Independência da Bahia, em sua homenagem foi erguido um busto no largo da lapinha, inaugurado 2 de julho de 1923, em Salvador.